sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ouço estrelas...


Uma pessoa um dia me disse que mereceríamos todas as estrelas, caso nunca perdêssemos o brilho dos olhos... Mas, infindável suspiro, um dia crescemos e notamos que a Via Láctea fica bem mais além. Pior, sequer podemos enxergá-las daqui, abaixo da gravidade.
Você conta os dias que amanheceram nublados? Eu os subtraio pelos de Sol, assim vejo nele todas as estrelas reunidas, todas as que me foram prometidas, todas as que eu esqueço enquanto durmo e enquanto não olho para o céu com meu óculos vermelho-raio imaginando decifrar seus desenhos a me levar... Se as posso ver? Ah posso, não ando no chão, flutuo.

(Amanda Bandeira)

A estrela que me faz parecer ver uma torre
agora me distrai dos galhos retorcidos que me ameaçam.
O sol que espero não traz em si vida e amplidão
Mas a certeza de um Norte e de um Sul
Que margeiam a minha vida
e comandam meus pés, pernas, mente
Me trazem paralelamente a certeza de um caminho
que não prevejo
e sigo
e nada mais quero do que o prazer que se esvai na fumaça

E no final da neblina
Torre luminosa
Ponto imaginária
Lá está.

_Voltando de Garanhuns.
_Chuva, nevoeiro e frio.
_No outro dia, Sol.

(Amanda Bandeira)

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